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sexta-feira, 25 de julho de 2014

GENK-FC PORTO (CRÓNICA)

A pré-época é um espaço privilegiado para ilusões, mas não há como ignorar os seus sinais. No terreno do Genk, sexto classificado da última Liga belga, o FC Porto encerrou em bom nível o primeiro estágio de pré-época, ao vencer o encontro particular por 3-1. Os princípios de jogo de Julen Lopetegui começam a enraízar-se e o talento ao seu dispor parece não faltar. Sami, autor de dois golos - após Quaresma abrir o marcador -, mostrou-o sem margem para dúvidas, assim como muitos outros companheiros de plantel, mesmo os mais jovens, como Rúben Neves.

O FC Porto dominou territorialmente a primeira parte (chegando aos 61 por cento de posse de bola) e foi possível observar muitas das ideias que deverão ser basilares ao longo da época: pressão alta, circulação de bola e preferência pela troca da mesma em detrimento de lances individuais. O golo de Quaresma, logo aos oito minutos, foi precisamente resultado da forma como a primeira linha de pressão actuou junto à defesa do Genk: Carlos Eduardo roubou a bola a Mbodji, tabelou com Adrián e rematou para defesa incompleta de Bizot; Quaresma chegou primeiro à bola para a recarga e abriu o marcador.

No entanto, o Genk - um adversário com grande capacidade física e que inicia a Liga belga já no próximo fim-de-semana - empatou apenas dois minutos depois: Reyes fez um mau passe e entregou a bola a Vossen, que, em posição privilegiada, não perdoou. O resto do primeiro tempo foi pouco interessante: ainda num ritmo baixo, as equipas tiveram dificuldade em criar situações de perigo. O FC Porto foi para o intervalo com mais ataques (15 contra dez) e remates (seis contra três).

O Genk até iniciou melhor a segunda parte - remate perigoso de Gorius, ao lado, aos 55 minutos -, mas as entradas de Kelvin e Sami, aos 57 minutos, mexeram com o encontro e deram mais velocidade aos Dragões. Sami entrou em jogo a todo o gás, obrigando Bizot a uma defesa apertada, após a bola ter sido de novo roubada a Mbodji. Rúben Neves, o médio de 17 anos que substituiu Josué ao intervalo, também não denunciou a juventude e apontou o canto que permitiu a Sami, de cabeça, fazer o 2-1, aos 62. Kelvin voltou a criar perigo, aos 68, e, aos 70, Rúben Neves obrigou Bizot a uma defesa para canto, com um belo remate de fora da área.

Os azuis e brancos dominavam completamente a partida, não se notando qualquer défice físico face ao adversário, e Sami "bisou" aos 78 minutos, com um remate indefensável de fora da área. Os cerca de dez minutos que restavam escoaram-se sem que o Genk pudesse reagir e agora a preparação do FC Porto continua em Portugal, com o Estádio do Dragão a acolher a preparação aos sócios, frente aos franceses do Saint-Étienne (domingo, 27 de Julho, a partir das 17h45).

Fonte: fcporto.pt

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