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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Estoril-FC Porto, 2-2 (crónica)

Uma e outra vez, o Estoril complicou a vida ao FC Porto. Desta vez o dragão não venceu, mas evitou a derrota ao cair do pano, com um golaço de João Moutinho. Ficou 2-2 a partida da segunda jornada da Taça da Liga e está tudo em aberto para o FC Porto, bem mais complicado para o Estoril, depois de um jogo em ambiente de fim de ano. Não muito intenso, mas animado.

Para quem se recorda do jogo da Liga há dois meses, aqui na Amoreira, por várias vezes na primeira parte a sensação foi de dejá vu. O Estoril mais focado, sólido e mais móvel, o FC Porto sem intensidade, lento.

No FC Porto, tal como tinha feito na primeira partida da Taça da Liga com o Nacional, Vítor Pereira não facilitou no onze. Até recuperou Helton para a baliza. A única novidade foi a titularidade de Kelvin, com James de fora das opções. Marco Silva mexeu mais, deixou no banco opções mais regulares como Jefferson, Bruno Nascimento e Carlos Eduardo.

Em campo, a história do jogo da Liga começou por repetir-se até no marcador. Agora foi aos 15 minutos, outra vez Steven Vitória, ele que já tinha feito o 1-0 nesse jogo da Liga. Um livre à entrada da área, depois de uma entrada de Danilo a travar Carlitos e um ataque perigoso do Estoril, e o central goleador fez um belo golo.
Até aí, pouca história. O FC Porto tinha tido uma oportunidade aos oito minutos, num cabeceamento de Jackson que Mário Matos segurou, mas pouco fazia para justificar mais. E também não conseguiu reagir de imediato ao golo. Mantinha-se a pouca intensidade no meio-campo e a pouca profundidade nas alas, com Varela apático e Kelvin inconsequente, Jackson sem bola.

O jogo seguia morno, o Estoril também abrandava a pressão. E o FC Porto foi tentando algo mais.Varela e Kelvin trocaram de flanco, os dragões tentavam. E chegaram ao golo, ainda que por linhas tortas. Uma bola bombeada por Mangala para a área, Mário Matos sai do seu lugar e já é tarde quando vê Jackson a preparar-se para cabecear para a baliza vazia.

Ainda assim, é com mais FC Porto do que o que se tinha visto até aí que chega o intervalo. O dragão até podia ter passado para a frente, em oportunidades de Danilo, Moutinho e Kelvin.

No regresso, uma surpresa nos dragões. Jackson não voltou e, sem a alternativa óbvia que era Kléber (tem uma rotura muscular e enfrenta uma paragem prolongada, Vítor Pereira optou por fazer entrar Defour e adiantar Varela, e também Lucho.



A solução de recurso era curta, ainda que tudo pudesse ter sido diferente se, por exemplo, Kelvin tivesse acertado na baliza, num remate central que passou ao lado. E depois, foi o braço de Otamendi. Uma hora de jogo na Amoreira, uma bola para a área, Otamendi estica o braço. Os jogadores do Estoril reclamam de imediato, o árbitro assinala grande penalidade. Ficaram dúvidas se seria dentro ou fora da área, houve muitos protestos do FC Porto, mas a decisão parece correcta. E Steven Vitória, outra vez ele, não falhou.

A perder, Vítor Pereira tentou mudar as coisas na frente, Atsu entrou para o flanco, saiu Fernando. E o FC Porto tentava. Esteve muito perto Moutinho, para uma defesa no limite de Mário Matos. Os dragões foram ganhando ascendente no jogo, mas as coisas não aconteciam. Até que houve João Moutinho. Encheu o pé, de longe, e fechou 2012 em grande. Ele merecia.

Fonte: maisfutebol.iol.pt

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